Levantamento da B3 mostra ausência de mulheres em cargos de direção
Levantamento da B3 mostra ausência de mulheres em cargos de direção
De acordo com o estudo da B3 “Mulheres em Ações”, grande parte das empresas com ações negociadas em bolsa não têm mulheres entre seus executivos estatutários.
Para ressaltar a importância da presença feminina no mercado, a B3, a bolsa do Brasil fez o estudo “Mulheres em Ações”, um levantamento inédito com 408 empresas de capital aberto, para mostrar o volume da participação de mulheres nas diretorias estatutárias e conselhos de administração.
Os resultados foram expressivos. De cada 100 empresas com ações negociadas em bolsa de valores no Brasil, apenas seis têm três ou mais mulheres em cargos de direção, 25 têm somente uma e 61 não registram mulheres entre seus executivos estatutários.
O mapeamento foi feito em junho deste ano e usou como referências as informações públicas prestadas pelas próprias companhias em documentos regulatórios encaminhados à B3.
Confira abaixo os números de destaque:
- 61% não têm uma única mulher entre seus diretores estatutários;
- 45% não têm participação feminina no Conselho de Administração (CA);
- 25% das empresas declaram ter uma apenas uma mulher nos cargos de diretoria;
- 32% têm uma mulher no CA;
- 6% das companhias registram a presença de três ou mais mulheres na diretoria;
- 6% têm três ou mais mulheres no conselho de administração.
Este retrato está em linha com os dados de Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil, do IBGE. Eles mostram que, apesar das mulheres representarem mais da metade da população brasileira e serem, em média, mais instruídas, ainda são minoria até mesmo nos cargos gerenciais (37,4%) e, de forma geral, ganham 77% do rendimento dos homens.
O estudo “Mulheres em ações” faz parte de uma série de iniciativas da B3 para auxiliar as empresas na agenda ESG a partir de iniciativas que fomentem boas práticas de governança.
Em setembro de 2021, a B3 se tornou a primeira bolsa de valores do mundo a emitir um Sustainability-Linked Bond (SLB) no mercado de capitais. Além disso, também é a primeira empresa brasileira a emitir um SLB no exterior com metas exclusivamente sociais, atreladas à diversidade e inclusão.
A B3 defende que a agenda de diversidade e inclusão é uma questão de sustentabilidade dos negócios. Em um mundo cada vez mais globalizado e plural, é imprescindível que os consumidores e consumidoras vejam sua identidade e valores representados nas marcas com as quais se relacionam.
Para conferir e fazer o download do estudo completo, clique aqui: https://www.b3.com.br/pt_br/noticias/investidoras-no-mercado-de-acoes-mulheres-ainda-estao-distantes-dos-cargos-de-direcao-das-empresas-de-capital-aberto.htm
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