Agronegócio passa a contar com um mecanismo de hedge mais seguro, com liquidação financeira pelo índice S&P Global Platts. Há, ainda, opções de compra e venda.

O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo, com 134 milhões de toneladas de grãos colhidas em 2021, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), contribuindo de forma expressiva para o abastecimento do mercado internacional de proteína vegetal. Apesar dessa relevância, muitas empresas que atuam nesse segmento encontram dificuldades para acessar instrumentos de proteção financeira (hedge).

Trabalhando com o mercado em busca de soluções, a B3 acaba de lançar o contrato Futuro de Soja Brasil, desenvolvido em parceria com a Bolsa de Chicago (CME Group) para ser um mecanismo de proteção mais seguro, baseado no preço da soja brasileira e negociado em duas bolsas que são líderes mundiais.

Trabalhando com o mercado em busca de soluções, a B3 acaba de lançar o contrato Futuro de Soja Brasil, desenvolvido em parceria com a Bolsa de Chicago (CME Group) para ser um mecanismo de proteção mais seguro, baseado no preço da soja brasileira e negociado em duas bolsas que são líderes mundiais.

“Até agora, para fazer hedge dos grãos negociados era preciso recorrer à CME. A correlação entre os preços da soja brasileira e americana sempre foi grande, porém nos últimos anos houve um descolamento, o que dificultou bastante a vida dos agentes da cadeia produtiva brasileira”, afirma Louis Gourbin, superintendente de Commodities da B3. “O agronegócio brasileiro é uma referência mundial, os nossos produtos precisam refletir isso. O novo derivativo chega para atender essa necessidade e ser uma ferramenta de gestão de risco de preço Brasil. Além disso, é de fácil acesso para os participantes nacionais, basta ter uma conta em uma corretora para negociar o novo contrato na B3”, explica Louis.

Além do contrato futuro, também estão sendo listadas as opções de compra e de venda sobre o futuro de soja Brasil.

Listagem nas duas bolsas

 

O acordo para criação do produto foi firmado entre as duas bolsas em 2020, e o lançamento pela B3 foi oficializado após a aprovação dos órgãos reguladores brasileiros, obtida em 31/08/2021. Portanto, a partir de 29/11/2021, os investidores podem negociar o papel na bolsa brasileira.

Ele é parte da parceria mantida desde 2007 entre B3 e CME Group, que prevê o desenvolvimento de serviços de tecnologia e agora contratos futuros de soja negociados nas duas bolsas, conectando os participantes globais desse mercado ao setor agrícola brasileiro.

“Essa conexão é importante pois traz o mundo para o Brasil e leva o Brasil para o mundo. O mercado de soja é internacional, mas possui dinâmicas de produção e comercialização distintas por geografia, o que traz a necessidade de novos produtos regionais. A parceria B3 e CME demonstra nossa capacidade de proporcionar novos produtos eficazes e adaptados às demandas de nossos clientes”, sintetiza Gourbin.

Principais características

- Ativo objeto: preço de soja FOB Santos (SOYBEX FOB Santos) publicado por S&P Global Platts.
- Tamanho: 34 toneladas métricas.
- Cotação: em dólares dos Estados Unidos por tonelada métrica, com duas casas decimais, e tem variação mínima de US$ 0,20.

- Liquidação: financeira, feita pela média das avaliações SOYBEX FOB SANTOS publicadas pela S&P Global Platts durante o período de formação da média de liquidação.

Opções disponíveis

- Compra e venda de contrato em data futura, com prêmio em dólares americanos por tonelada métrica.

- Estruturadas de rolagem, que possibilitam a negociação de diferencial de preço entre dois vencimentos em uma única operação, reduzindo riscos.

Saiba mais

O Contrato Futuro de Soja Brasil e suas opções fazem parte da família de derivativos de commodities da B3. Confira aqui mais detalhes as características dos produtos. Para mais informações, escreva para [email protected] ou fale com seu RM.